O Space Ensemble surgiu no panorama nacional como uma formação musical mutante, resultando do encontro de vários músicos ao longo de diversas edições do Space Festival, um evento dedicado à música improvisada que começou em 1999. O que diferencia o Space Ensemble é a forma como cruza a sua linguagem inspirada em vários géneros musicais, sobretudo o jazz e a música improvisada, com uma abordagem artística multidisciplinar. Baseia-se na exploração das cumplicidades entre os músicos envolvidos, testando e variando as combinações instrumentais e estilísticas, de acordo com os locais e o contexto dos eventos.
Visão
A nossa visão é de um mundo onde projetos artísticos existem fora das grandes cidades, um mundo onde um território de baixa densidade é visto como fonte de inspiração e como palco para a cultura contemporânea.
Missão
A nossa missão é criar projetos com um impacto social, atrair diferentes públicos e trabalhar com vários agentes locais. Temos o objetivo de contribuir para o desenvolvimento cultural e artístico dos territórios e das respetivas comunidades, explorando a identidade cultural das regiões e minimizando as assimetrias entre elas.
Ao longo dos últimos anos, o Space Ensemble tem vindo a abraçar diversas valências, focando-se cada vez mais na dinamização cultural em territórios de baixa densidade. Hoje, o Space Ensemble apoia-se em três grandes pilares: Produção Cultural e Artística, Comunidade e Educação.
Produção Cultural e Artística
Dedicamo-nos à criação e produção de espetáculos e projetos com a comunidade. Trabalhamos com diversos músicos e profissionais criativos, capazes de assumir várias funções: direção artística, composição musical, interpretação, produção, entre outras. Com a música como base, apostamos numa abordagem multidisciplinar, incluindo nos nossos projetos diversas formas de expressão artística como o cinema, a animação e o teatro. A nossa produção artística tem-se focado essencialmente na criação de filmes-concerto nos quais musicamos obras marcantes do cinema mundial, como filmes de Lotte Reiniger, Dziga Vertov e Norman McLaren, ou outras obras contemporâneas na área do documentário e da animação.
Comunidade
Os nossos projetos com a comunidade focam-se maioritariamente na dinamização cultural de territórios de baixa densidade, através do desenvolvimento de programas à medida de cada município. Procuramos trabalhar de perto com as populações locais, através de ações que podem dar origem a projetos com comunidade, workshops artísticos e espetáculos participativos. Temos vindo a trabalhar com participantes de diferentes contextos sociais e faixas etárias, como: jovens com e sem formação musical, em parceria com escolas, ensino articulado, associações e grupos de música das comunidades; artistas locais (amadores e profissionais); grupos seniores e publico em geral, com e sem necessidades específicas. Também trabalhamos o território através do registo de tradições, costumes e características locais, dando origem a produtos artísticos nele inspirados que contribuem para fortalecer a memória coletiva local e que envolvem a participação comunitária no processo de pesquisa e recolha.
Educação
Acreditamos na importância de projetos educativos não-formais, onde podemos abordar temáticas de forma criativa e inconvencional. Apostamos na produção de espetáculos para toda a família, que se integram facilmente no serviço educativo de muitas instituições culturais, tendo já abordado temas como a Matemática, o Ambiente, ou a Sustentabilidade, além de sermos responsáveis por programas de formação musical em diversos projetos. Os nossos espetáculos incluem propostas de mediação que pretendem desmistificar a complexidade das propostas, aproximando o público de diferentes linguagens artísticas e convidando-o a questionar e experimentar. O Space Ensemble tem vindo a ser parceiro em diferentes projetos europeus sobre boas práticas na área do ensino da música e do desenvolvimento de atividades criativas.
O Space Ensemble faz parte do grupo informal de trabalho Periferias Centrais, que surgiu em 2018 com o objetivo de refletir e desmistificar os conceitos de “centro” e “periferia”.
